Open Innovation

Inovação aberta: o que é e como ela contribui para uma estratégia de negócios de longo prazo?

A inovação aberta –Inovação Aberta– surgiu como uma abordagem estratégica fundamental para a integração de conhecimento externo em uma organização. Por quê?

Não é segredo que as empresas, assim como acontece em seu contexto com as diferentes espécies do mundo animal, exigem constante adaptação e evolução para atender às necessidades do mercado e da sociedade em geral. Uma situação darwiniana de evolução empresarial em que, como em todas as esferas econômicas, os recursos a serem alocados para essa constante adaptação são limitados e devem ser distribuídos entre múltiplas questões cruciais para a sobrevivência de uma empresa. Assim, e apesar de o investimento em inovação, ou inovação aberta, não ser uma questão negociável para uma empresa com visão de longo prazo, estas devem se adaptar a novas fórmulas que transcendem a habitual inovação interna à qual já alocam recursos da forma mais tradicional nesta área.

É neste contexto exigente e mutável que nasceu o termo que vamos analisar hoje: inovação aberta, ou Open Innovation na sua terminologia original anglo-saxónica. Hoje vamos fazer uma pausa para entender o que é este tipo de inovação numa empresa e como ela afeta o seu futuro. Vamos começar pelo princípio.

O que é inovação aberta?

Talvez a primeira questão a abordar antes de compreender as suas implicações seja explicar o que é Inovação Aberta. O conceito de Inovação Aberta surgiu há apenas duas décadas, pelo acadêmico americano da Universidade de Berkley, Henry Chesbrough, que propôs que as empresas não deveriam apenas atender às suas necessidades de inovação por meio de processos internos baseados no conhecimento interno da organização. Ao contrário, Chesbrough cunhou um novo modelo de inovação aberta, por meio do qual as empresas vão além de seus limites naturais, incorporando conhecimento externo para solucionar desafios da própria estrutura empresarial.

Dessa forma, o modelo de inovação aberta propõe a cooperação com diferentes empresas, startups, organizações ou profissionais externos para avançar nos grandes desafios de P&D, graças à expertise desses terceiros em áreas nas quais uma empresa não necessariamente possui conhecimento-chave. Assim, Inovação Aberta significa uma combinação de talento interno com conhecimento externo.

Um conceito disruptivo que mudou a forma como as empresas investem em sua própria inovação, melhorando sua competitividade.

Como isso é transferido para uma empresa e no que isso se traduz?

Esses tipos de processos são incorporados em uma empresa por meio de diferentes metodologias e ferramentas que ela deve aplicar e desenvolver para garantir que suas necessidades sejam adaptadas às oportunidades oferecidas por esses agentes externos. É essencial que tudo isso seja apoiado por um plano estratégico de inovação com objetivos claros, identificando – por meio da criação de uma equipe ou área de trabalho de Inovação Aberta – os principais desafios ou pontos de desenvolvimento necessários para a empresa nos próximos anos. Essa equipe também será responsável por dinamizar os desafios futuros, preenchendo a lacuna entre o talento interno e o conhecimento externo. Uma tarefa fundamental que requer os mecanismos legais e financeiros adequados para garantir o sucesso de projetos futuros.

Assim, encontramos três principais metodologias de inovação aberta que se aplicam dentro da estrutura de uma empresa:

  1. Inovação Aberta Inbound: É um modelo no qual a empresa adapta uma solução inovadora já desenvolvida por terceiros. Dessa forma, um desafio ou necessidade interna é identificado e potenciais parceiros colaboradores são selecionados com base nos requisitos estabelecidos para cada projeto e sua adaptação à empresa. É o que o professor Chesbrough explica como outside-in. É uma metodologia que inclui ferramentas conhecidas como Venture Client.

  • Inovação Aberta Outbound: Nesse caso, é a própria empresa que desenvolveu uma solução inovadora, mas para sua comercialização a disponibiliza a empresas terceirizadas. Dessa forma, aquelas empresas com forte presença de inovação na geração de soluções e com opções limitadas na hora de seu lançamento efetivo garantem sua continuidade no mercado por meio de terceiros que as necessitam para sua sobrevivência como empresas. Isto é, o que o professor Chesbrough explica como de dentro para fora.

  • Inovação Aberta Acoplada: É um modelo misto em que vários agentes assinam um acordo de colaboração sobre inovação, por meio do qual cada um deles aproveitará os frutos desta com base nas necessidades do seu próprio mercado. Essas empresas geralmente são de setores diferentes e buscam, por meio dessa metodologia, gerar sinergias e soluções que, de outra forma, seriam totalmente impossíveis devido a barreiras econômicas e estruturais.

Inovação Aberta: principais vantagens para uma empresa

Estas são algumas das principais melhorias que essa nova estratégia de inovação aberta gera nas empresas:

  1. Acesso a novos conceitos e ideias: Talvez a mais óbvia das vantagens. Abrir as portas para a colaboração implica a introdução de novos conceitos, muitas vezes disruptivos, em organizações fora destes. Dessa forma, permite a evolução organizacional em muitos aspetos.

  2. Redução de custos: Como os projetos são conjuntos em responsabilidades e tarefas, as empresas não enfrentam os altos custos que a individualidade acarreta nestas áreas. Além de implementar tecnologia internamente que melhore e torne os processos mais eficientes.
  3. Maior flexibilidade e rapidez no mercado: O resultado da colaboração com agentes externos, com maior expertise nas necessidades da empresa, faz com que ela possa se adaptar com flexibilidade às necessidades do mercado.
  4. Geração de novas oportunidades e negócios: Pode ocorrer uma situação em que, como resultado de colaborações, surjam produtos ou serviços que não encontram saída no marketing tradicional da empresa. No entanto, esse tipo de inovação cria canais para dar vida a essas inovações por meio de entidades colaboradoras.
  5. Melhoria contínua de talentos internos: A coexistência de talentos internos com conhecimento externo em projetos aprimora o know-how da empresa, gerando um ambiente propício para futuros desenvolvimentos internos e permitindo o crescimento profissional.
  6. Criação de novos nós de valor: Ao integrar terceiros à estratégia de inovação, as empresas vivenciam relacionamentos aprimorados com empresas terceirizadas a longo prazo.
  7. Acesso a talentos. Ele permite que a empresa trabalhe com talentos externos com habilidades que a empresa não possui internamente.

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